sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Brasil apresenta grandes avanços nas ações para a infância

Relatório divulgado hoje (20) pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) afirma que o Brasil apresenta grandes avanços em relação à sobrevivência de crianças. De acordo com os dados, o país faz parte do grupo de 25 nações em meio a 196 analisadas que mais avançaram na redução da mortalidade de menores de 5 anos.

A queda, desde 1990, chegou a 61% no ano passado, atingindo a marca de 22 mortes para cada mil nascidos vivos. A mortalidade de crianças menores de 1 ano, segundo o relatório, segue a mesma tendência e registra 18 óbitos para cada mil nascidos vivos uma redução de 60%.

Para a coordenadora do Programa de Sobrevivência e Desenvolvimento Infantil do Unicef, Cristina Albuquerque, não há dúvidas de que o Brasil tem muito o que comemorar. Ela avaliou a queda em índices como o da mortalidade infantil como uma vitória enorme se considerada a dimensão do país.

Cristina citou avanços também na redução da desnutrição em crianças menores de 2 anos de 2000 a 2008, o índice caiu 77%. Outro destaque trata do acesso escola já que, em 2001, 920 mil crianças em idade escolar estavam fora das salas de aula. No ano passado, o número passou para 570 mil.

O relatório do Unicef, feito em comemoração aos 20 anos da Convenção sobre os Direitos da Criança, destaca o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) como uma legislação detalhada sobre os direitos da infância.

Questionada sobre as críticas feitas à implementação das leis, Cristina lembrou que o ECA nasceu praticamente com a convenção e incorpora todas as diretrizes, os princípios e as inovações do tratado. Por se tratar de uma legislação avançada e feita para provocar mudanças, ela acredita que as alterações práticas ainda vão levar tempo.

“O maior desafio não é a lei. O Brasil tem um histórico de desigualdade e, portanto, é fazer cumprir essa lei. Outro desafio é criar um sistema de garantia de direitos mais fortalecidos para que os atores que trabalham na área de proteção e prevenção possam atuar de forma mais harmônica e coordenada”, disse ela.

Já em relação às políticas públicas adotadas pelo país para reduzir as disparidades sociais, o relatório aponta o programa Bolsa Família como referência no combate pobreza. Para Cristina a iniciativa representa um exemplo para o mundo inteiro nos quesitos redução da vulnerabilidade e melhor qualidade de vida.

Ela avaliou, entretanto, que o programa precisa ser aperfeiçoado com avanços de políticas públicas nos municípios e melhor qualidade da educação. O país vive um excelente momento, mas, além de celebrar, temos que refletir sobre os desafios, disse.

Fonte: Agência Brasil

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